terça-feira, 13 de novembro de 2012

Húmus é usado com sucesso para descontaminar área com metais


Húmus é empregado com sucesso para a correção de terras que precisam ser descontaminadas. A alternativa ecológica pode ser aplicada em solos contaminados por metais pesados como cobre, chumbo, cromo. 

A experiência desenvolvida pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo, usou húmus resultante da compostagem com minhocas (vermicompostagem) no esterco bovino.

A professora Maria Olimpia de Oliveira Rezende, que coordenou a pesquisa, diz que o sistema ecológico é uma alternativa a um processo em geral complexo e oneroso que e utiliza produtos nocivos ao meio ambiente.

Pelo novo método, o material empregado na vermicompostagem, o esterco bovino, é usado por ter propriedades orgânicas. Além do esterco, existem outras fontes que podem ser utilizadas como bagaço de laranja e de cana-de-açúcar.

Segundo Leandro Antunes Mendes, mestre em química ambiental, a contaminação por cobre e chumbo pode ocorrer em qualquer área de mineração ou despejo de resíduos sem controle no solo. O cromo, liberado pelas indústrias de curtume, após o tratamento do couro, é problema de cidades paulistas como Jaú e Franca, onde existem muitas fábricas de calçados de couro.

Mendes ressalta que, em pequenas quantidades, cobre e chumbo são importantes para as plantas, mas a bioacumulação dos metais pode tornar o solo improdutivo. O cromo impede o crescimento, provoca o amarelamento das plantas e, no caso das mudas ainda novas, a morte.

Segundo a pesquisadora Maria Olimpia, a dosagem do húmus de minhoca pode ainda ser usada para corrigir deficiências de cobre e chumbo nos diferentes tipos de terras, conforme a necessidade de cada cultura.

De acordo com a reportagem da Agência Fapesp, nas pesquisas iniciais foram utilizados 25% de húmus de minhoca para 75% de solo contaminado. Com esse porcentual, os cientistas conseguiram eliminar a contaminação.

Maria Olimpia ressalta que o processo, no entanto, não retira os metais do local. "Os elementos tóxicos continuam no solo, mas ficam imobilizados. Eles não ficam disponíveis para as plantas, nem para serem carregados e levados ao lençol freático", explica a pesquisadora.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Químico se aproxima do toque de Midas


Pesquisador da Universidade de Princeton consegue fazer o ferro se comportar como platina, realizando o sonho dos antigos alquimistas

                            

Pepita de platina: químico conseguiu fazer com que ferro se comporte como o elemento, catalisando reações importantes para a indústria
Num laboratório do elegante prédio de química da Universidade Princeton, pesquisadores empregam uma caçada moderna a uma força fugidia: a alquimia.
Ao longo dos séculos, alquimistas tentaram em vão transformar metais comuns, como ferro e chumbo, em metais preciosos como ouro e platina. Hoje, Paul Chirik, professor de química em Princeton, obteve uma nova conquista nessa antiga busca. 


Chirik, de 39 anos, descobriu como fazer o ferro funcionar como platina, em reações químicas essenciais à manufatura de materiais básicos. Embora ele não possa (infelizmente) transformar um pedaço de minério de ferro numa pilha de joias valiosas, sua versão da alquimia é muito mais prática – e as implicações são de grande alcance. 

O processo pode gerar uma nova era de tecnologias flexíveis de fabricação, enquanto permite que empresas evitem elementos escassos quando os preços subirem ou quando sua obtenção se tornar ecológica ou geopoliticamente arriscada.
"Nenhum químico imaginaria que o lítio estava em falta", afirmou Chirik, "mas o que acontece se você colocar uma bateria de lítio em cada carro? É por isso que a química precisa estar à frente da curva. Precisamos de soluções adaptáveis".
Apesar do custo e da relativa escassez de metais preciosos – irídio, platina, ródio –, dependemos deles para fabricar produtos de denim a cerveja, produtos farmacêuticos a células de combustível. Os elementos são usados como catalisadores, substâncias que iniciam ou habilitam reações químicas.
O trabalho de Chirik envolve catalisadores dissolvidos, que são misturados ao produto final. As moléculas do catalisador se dissipam durante a reação. Por exemplo, uma solução contendo platina é usada para produzir emulsificantes de silicone, compostos que alimentam produtos como maquiagens, utensílios de cozinha e colas. Pequenas quantidades do caro metal estão espalhadas por todas essas coisas; sua calça jeans, por exemplo, contém partículas irrecuperáveis de platina.
"Não estamos prestes a acabar com a platina", declarou Matthew Hartings, químico da Universidade American em Washington, "mas esse processo gasta platina de maneira não sustentável".
Basicamente, a química de Chirik envolve uma molécula de ferro em outra molécula orgânica, chamada de ligante. O ligante altera o número de elétrons disponíveis para formar ligações. Ele também serve como suporte, dando um formato às moléculas.
"A geometria é muito importante na química", disse Hartings. "Os ligantes de Chirik ajudam o ferro a ter a geometria correta para ajudar essas reações."
Além do ferro, o laboratório de Chirik também trabalha com cobalto, que fica ao lado do ferro na tabela periódica. Usando o cobalto, explicou Chirik, os cientistas geraram "uma reação totalmente nova que ninguém jamais viu". Ela produz novos tipos de plástico usando materiais iniciais muito baratos.
Mas o preço do cobalto subiu muito desde que o laboratório iniciou suas pesquisas, graças ao uso do elemento nas baterias de dispositivos como iPads e iPhones. "O iPad alterou completamente o preço do cobalto", disse Chirik. "Algo que antes era lixo, hoje é valioso."
Embora o aumento de custo possa minar o incentivo econômico para usar os materiais de cobalto de Chirik, isso parece enfatizar perfeitamente seu ponto fundamental sobre a necessidade de flexibilidade.
"Existe um grande apelo – e lógica – para focarmos em elementos mais abundantes ao projetarmos catalisadores", afirmou Roderick Eggert, professor de economia e negócios na Escola de Mineralogia do Colorado.
A ampla maioria das substâncias químicas que produzimos e usamos para fabricar outros produtos exige catalisadores. E muitos catalisadores usam metais nobres como platina, paládio e ródio, que são caros. Meio quilo de platina custa cerca de US$ 22 mil. Meio quilo de ferro, por sua vez, sai por 50 centavos.
Ainda na faculdade de química, Chirik trabalhou em reações que usavam irídio como catalisador. Meio quilo de irídio custa cerca de US$ 16 mil. O chefe de Chirik mantinha o composto a base de irídio trancado numa gaveta de sua mesa.
"Eu tinha de andar do escritório dele até o laboratório segurando aquilo com as duas mãos, e não podia conversar com ninguém", contou Chirik. A experiência o deixou com uma semente de ideia. "Por que não podemos fazer isso com algo mais barato?"
Numa tarde de primavera no laboratório de Princeton, um aluno de pós-graduação mexia numa caixa de luvas, câmara a vácuo que impede o ferro de enferrujar. A ferrugem é uma potencial desvantagem de usar ferro na fabricação, e o controle disso pode ser desafiador e caro.
"Não estamos falando sobre fazer um prato de macarrão em casa", disse Chirik, referindo-se ao volume de produtos químicos envolvidos nas reações em escala industrial. Resta saber, completou ele, se os temores sobre o uso de uma substância "sensível ao ar" supera os temores sobre custo e impacto ambiental dos metais preciosos.
E há outros obstáculos. Chirik mostrou duas pequenas placas de flocos de silicone, usadas para produzir cola de envelopes. Uma ele fez usando ferro, a outra com platina. Elas eram indistinguíveis. Conseguir essa façanha, no entanto, não foi nada fácil – o processo consumiu uma década de trabalho.
"Uma das razões pelas quais nos envolvemos com esse tipo de química é que compostos contendo metais geram cores muito legais, e é divertido de assistir", explicou Chirik. "Mas se você está produzindo algo que entrará num produto de consumo, a cola de um envelope, a sola de um sapato, um ingrediente de xampu, você realmente não quer que ele seja preto."
A Chevron e a Momentive, um fabricante de silicone, estão financiando o trabalho de Chirik. A Merck também é parceira na pesquisa (muitos processos de fabricação de medicamentos usam ródio ou paládio). Um produto em desenvolvimento é um pneu para economia de combustível que emprega um novo processo, mais limpo e sem subprodutos, usando ferro em vez de platina.
Segundo Hartings, da Universidade American, usar materiais abundantes onde for possível pode liberar os materiais mais escassos para aplicações onde eles são realmente essenciais. "Há menos motivos para uma mineração louca quando se tem outro produto que funciona igualmente bem", afirmou ele.
Os pesquisadores no laboratório de Chirik também estão buscando maneiras de usar catalisadores para converter nitrogênio do ar em formas usadas em diversos produtos, de fertilizantes a fibras de tapetes. O método atual, chamado processo Haber-Bosch, é tão intenso que responde por 1 por cento do uso de energia mundial.
A sustentabilidade costuma focar em "reciclar latas e usar carros com melhor quilometragem por litro", disse Chirik. Embora importantes, esses esforços são apenas parte do quadro. Há também a forma como os produtos são feitos.
"Quando você compra calças jeans, algum estranho elemento da tabela periódica foi usado para produzi-las", explicou Chirik. "Ou você pensa que estava fazendo algo de bom ao comprar um Prius, mas ele traz um monte de neodímio que vem de uma mina na Mongólia."
"Se pudermos fazer a transição para um mundo completamente abundante de terra", concluiu ele, "conseguiremos surtir um enorme impacto".
Fonte: Ultimo Segundo

domingo, 28 de outubro de 2012

Alunos e Tutores do Polo de Nova Cruz na CIENTEC/UFRN 2012


Alunos e Tutores do Polo de Nova Cruz apresentaram o Projeto Inova Química na CIENTEC, foram desenvolvidos experimentos como a Mágica do Vinho, Indicadores Naturais, Obtenção do gás Hidrogênio, Tenção Superficial, Queimando Dinheiro, e outros mais. Todos as atividades desenvolvida no evento, mostravam uma maneira mais simplificada de dar aulas de química, facilitando assim a compreensão dos conceitos das coisas simples que nos cercam no nosso dia-a-dia, para que assim todos possam ser protagonista da sustentabilidade, pois para que possamos falar de sustentabilidade é necessários primeira mente ter conhecimento que a química serve de grande contribuição para a preservação do nosso planeta.
Agradecendo também a presença dos alunos Voluntários da turma de química 2012.2, Ariele, Denize Jackson e Thais que ajudaram muito durante as atividades, os tutores George e Alberto e o maior agradecimento ao ex-aluno do curso de química a Distancia, Valdic, que durante todo o evento esteve presente ajudando em todos os procedimentos. Toda essa equipe Alem de representar o Polo de Nova Cruz, Também representou a Secretaria de Educação à Distância - SEDIS/UFRN, mostrando que tudo que está sendo visto durante os cursos a Distancia, hoje está sendo disseminado de forma satisfatória pras regiões circunvizinhas, onde muitas escolas tem orgulho de terem professores que foram licenciados na categoria de ensino à Distancia.

UFRN Polo de Nova Cruz na CIENTEC


Alunos e Tutores do Polo de Nova Cruz, estarão na CIENTEC/UFRN, no dia 24 de Outubro de 2012, para apresentar o projeto INOVA QUÍMICA, que vem com a finalidade de mostrar que aprender química pode servir de grande contribuição para a sustentabilidade, porém aprender química dessa maneira é bem mais fácil e compreensível  não só para alunos, mas para todo cidadão que possa ter acesso as informações e experiencias apresentadas durante o evento.
Os autores desse projeto são Alberto (mestrando Química UFRN), George (Tutor de Química EaD UFRN e Valdic (mestrando Química UFRN), ex-alunos do curso de Química á Distancia do Polo de Nova Cruz, e Alunos voluntários da turma de química 2012.2 do polo de Nova Cruz.
Hoje percebe-se que em Nova Cruz e cidades circunvisinhas, á partir do curso de química oferecido pela UFRN, muitos projetos com idéias parecidas já foram aplicados em muitas escolas da região, possibilitando o acesso de alunos e comunidades escolares a várias feiras de Ciencias, o que também vem abrindo as portas para muitos alunos tomarem interesse pelos vestibulares, e principalmente no Curso de Química, que antes não era tão proucurado, e hoje é uma das opções em que muitos jovens prestam vestibular, sendo assim, projetos como esses estimulam os alunos a tomarem gosto pela Química e ingressarem na Universidade.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Encontrado finalmente o 113º elemento químico?


Se você, leitor, observar a tabela periódica, verá que o 113º elemento químico (unúntrio) está lá. Supostamente encontrado em 2004, o crédito por sua descoberta é disputado por cientistas americanos, russos e japoneses.
O unúntrio (nome provisório, que significa “um-um-três” em latim) faz parte de um grupo de elementos químicos artificiais, que não ocorrem naturalmente e são produzidos por meio de experimentos químicos complexos – quando essas experiências resultam em átomos relativamente estáveis e que passam por determinado tipo de desintegração, o elemento pode ser nomeado e adicionado oficialmente à tabela periódica. O primeiro foi sintetizado em 1940, e desde então cientistas de vários países vêm se esforçando para descobrir (e nomear) novos elementos. Os elementos 93 a 103, por exemplo, foram descobertos por pesquisadores dos Estados Unidos; os 107 a 112, por cientistas da Alemanha.
Desde 2003, uma equipe do RIKEN Nishina Center (Japão) conduziu vários experimentos para criar átomos do elemento 113 estáveis o bastante para serem considerados uma descoberta “oficial”. Recentemente, eles anunciaram que a pesquisa finalmente deu frutos. “Por nove anos, nós temos procurado dados para identificar o elemento 113 de forma conclusiva, e agora que nós finalmente conseguimos, é como se um grande peso tivesse sido levantado de nossos ombros”, conta o pesquisador Kosuke Morita, líder da equipe.
Contudo, cientistas dos Estados Unidos e da Rússia também anunciaram a descoberta do elemento, feita por métodos diferentes daqueles usados por Morita e sua equipe. Os resultados ainda precisam ser avaliados por um júri independente, e só depois saberemos qual grupo levará o crédito por ter encontrado primeiro o elemento – se for a equipe de Morita, o Japão será o primeiro país asiático a ter o direito de nomear um elemento químico artificial

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O perigo do ácido acetilsalicílico nos cosméticos

O ácido acetilsalicílico é o remédio (analgésico) mais consumido. Ele foi originalmente descoberto por suas ações antipirética e analgésica, o que fez dessa substância destaque em todo o mundo ao logo dos últimos anos. O mercado de cosmético não ficou para traz. Estudiosos americanos comprovaram que o ácido salicílico também pode ser inserido nos produtos destinados aos cuidados com a beleza, pois ele é um Beta-Hidroxiácido (ß-Hidroxiácido) com propriedades queratolíticas (esfoliantes) e antimicrobianas, o que significa que afina a camada espessa da pele e age evitando a contaminação por bactérias e fungos.

— É um ácido utilizado no tratamento de pele hiperqueratótica, isto é, super espessa, em condições de descamação, tais como: caspa, dermatite seborréica, ictiose, psoríase e acne, problemas que atingem facilmente o público masculino. É caracterizado ainda por ser um regularizador da oleosidade e também um antiinflamatório potencial — comenta a farmacêutica Anelise H. Leite.

Estima-se que em torno de 1% da população sofre de salicilismo, ou seja, alergia ao ácido salicílico ou ácido acetilsalicílico. Por isso, muitas pessoas se perguntam: quem tem alergia ao ácido contido nos medicamentos, também pode apresentar reações adversas na utilização de cosméticos com essa substância? A farmacêutica explica que a alergia aparece tanto pela ingestão quanto pelo uso tópico de qualquer produto cosmético ou medicamento que o contenha, quando usado em grandes áreas corporais.

— A intoxicação pode provocar alterações predominantemente do sistema nervoso central (salicilismo). Além de perda de potássio, hipoglicemia, erupções da pele e hemorragia gastrintestinal, em casos mais simples, os sintomas podem incluir zumbido, náuseas, vômitos, distúrbios visuais e auditivos, tontura etc. Na intoxicação grave, podem ocorrer delírio, tremor, dispnéia, sudorese, hipertermia e coma.

O tratamento da intoxicação com ácido acetilsalicílico depende da extensão, do estágio e dos sintomas clínicos do quadro. O tratamento deve ser realizado por médicos dermatologistas e é feito à base de corticóides orais ou injetáveis, dependendo da gravidade da reação — diz Anelise.  A esfoliação da pele com ácido salicílico é capaz de atuar no interior dos poros sebáceos, removendo os comedões.

— Sua ação esfoliante se concentra nas camadas mais externas da pele, ricas em lipídeos, onde a taxa natural de esfoliação se reduz com o envelhecimento, causando o acúmulo de células mortas e aparência opaca e áspera — conta a farmacêutica. Após o aparecimento dos primeiros casos de alergia de ácido salicílico por meio de cosméticos, o setor buscou alternativas e soluções mais seguras e naturais. Uma opção bem aceita é o ácido Mandélico.

— Ele representa a nova geração de produtos orgânicos para o tratamento do envelhecimento cutâneo e acne, pois melhora a aparência da pele de maneira mais segura, rápida, indolor e com resultados satisfatórios, inclusive em tratamentos de cabine, como nos peelings, por exemplo — conclui Anelise.

sábado, 30 de junho de 2012

Você sabia que a água quente congela mais depressa que a fria?

Sociedade Real de Química do Reino Unido lança desafio para explicar o misterioso efeito Mpemba.



De acordo com uma publicação do The Guardian, a Sociedade Real de Química do Reino Unido decidiu lançar um desafio: eles pagarão um prêmio de £ 1 mil (aproximadamente R$ 3.300) para quem conseguir solucionar o mistério relacionado ao efeito Mpemba, ou seja, para quem explicar o motivo pelo qual a água quente congela mais depressa que a água fria.


Aliás, você sabia disso?

O efeito tem esse nome devido a um garotinho africano chamado Erasto Mpemba que, nos anos 60, teve que fazer um trabalho escolar que consistia em ferver leite, deixá-lo esfriar e, depois, levá-lo ao freezer para que se transformasse em sorvete. Entretanto, com medo de não ter onde guardar o líquido, Mpemba decidiu congelar o leite ainda quente. Como se fosse mágica, o produto do menino congelou mais depressa que o dos demais estudantes.

 
(Fonte da imagem: Thinkstock)

Apesar de ter sido batizado como Mpemba, esse efeito é um velho conhecido — sério, você sabia disso? —, tendo sido, inclusive, mencionado na antiguidade por Aristóteles, Francis Bacon e até Descartes.
Contudo, embora tenha sido observado em laboratório, ninguém sabe explicar ao certo por que ele acontece — contradizendo a teoria de transferência de calor de Isaac Newton.


Possibilidades

Segundo o site PhysOrg, inúmeras teorias já tentaram explicar o fenômeno, mas nenhuma delas com um resultado muito convincente. Os cientistas já tentaram associar o efeito ao fato de que a evaporação da água quente pode reduzir o volume de líquido que será congelado ou, ainda, que a concentração de componentes dissolvidos pode influenciar no processo de solidificação.
Entretanto, devido à quantidade de variantes envolvidas — volume de água, formato e composição do frasco contendo o líquido, concentração de componentes químicos, diferença na temperatura inicial etc. —, serão necessários muitos experimentos para explicar de uma vez por todas o efeito Mpemba.
Portanto, desejamos boa sorte aos participantes do desafio e vamos aguardar ansiosamente até o final de julho, quando o vencedor será anunciado, para descobrirmos a resposta desse enigma. E você, leitor, tem alguma teoria?





terça-feira, 26 de junho de 2012

Processo químico suíço produz jeans ecologicamente correto


Muitos litros de água e de produtos químicos são gastos para produzir jeans, e os fabricantes de roupas ecologicamente conscientes perceberam anos atrás a necessidade de fazer versões mais sustentáveis destas calças populares.
Mas uma empresa química suíça afirmou nesta terça-feira que seu processo de fabricação de calças jeans ecologicamente corretas pode dinamizar esses esforços, economizando água suficiente para atender às necessidades de 1,7 milhão de pessoas por ano se um quarto dos produtores de jeans no mundo começassem a utilizá-la.
A tecnologia, conhecida como Advanced Denim, foi descrita na 16º Conferência de Engenharia e Química Verde, patrocinada pela American Chemical Society's Green Chemistry Institute.
Miguel Sanchez, um engenheiro têxtil da Clariant, afirmou que a técnica permite produzir um par de jeans utilizando até 92% menos água e até 30% menos energia em comparação com os métodos tradicionais de fabricação de jeans.
As técnicas tradicionais podem exigir até 15 tonéis de tingimento e uma série de produtos químicos, enquanto a Advanced Denim utiliza um tonel e um novo tipo de corante de enxofre líquido que requer apenas um agente redutor à base de açúcar, explicou.
O processo, se for utilizado em larga escala, pode economizar até 2,5 bilhões de galões de água por ano, evitar a liberação de 8,3 milhões de metros cúbicos de águas residuais e poupar até 220 milhões de quilowatts-hora de eletricidade, acrescentou.
"A Advanced Denim quer ir além das tecnologias que hoje são consideradas padrão para a obtenção de brim", disse Sanchez.
Muitas outras empresas, incluindo a gigante do jeans Levi-Strauss, já fazem suas próprias versões de jeans ecologicamente correto, que utilizam menos água, são feitos com algodão orgânico ou usam corantes naturais. No entanto, esses produtos continuam a ser um nicho de mercado.
O jeans, particularmente aquele produzido de forma a parecer que já foram utilizados, tem sofrido muitas críticas nos últimos anos pelo desperdício de água devido ao uso excessivo de produtos químicos prejudiciais em sua produção e pela utilização da técnica de jateamento, que pode colocar em perigo a saúde dos trabalhadores.

Cientistas detectam anticorpo capaz de 'sufocar' e matar vírus da dengue



Pesquisadores isolaram anticorpo contra tipo 1 em paciente de Cingapura.
Cientistas isolaram em um paciente de Cingapura um poderoso anticorpo capaz de "sufocar" e matar o vírus da dengue, e esperam que isso possa resultar em uma nova arma para o combate à doença.


Não existe atualmente cura para a dengue, que mata 20 mil pessoas por ano, muitas delas crianças. O tratamento se restringe a combater os sintomas.


O anticorpo isolado estava entre 200 mil exemplares colhidos junto a cem pacientes que tiveram a doença e se recuperaram. Ele parecia capaz de matar todas as cepas conhecidas do subtipo 1 do vírus da dengue, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (21) pela revista "Science Translational Medicine".


Há quatro subtipos diferentes do vírus da dengue, doença que provoca febre e dores intensas. Lok Shee-Mei, da Escola de Pós-Graduação Médica Duke-NUS e integrante da equipe responsável pela pesquisa, disse que o anticorpo "mata o vírus da dengue antes mesmo que ele tenha a chance de infectar qualquer célula".


Em experimentos com ratos, os pesquisadores viram que o anticorpo se estica sobre as proteínas superficiais do vírus, sufocando-o e isolando-o.


"Quando o vírus quer infectar células, precisa respirar e se expandir, então suas proteínas superficiais passam por ligeiras mudanças (...), mas esse anticorpo se amarra às proteínas superficiais, de modo que as proteínas não conseguem mudar de forma alguma. O vírus é incapaz de contaminar", disse Lok por telefone, de Cingapura.


Em comparação a outros compostos químicos que estão sendo desenvolvidos contra a dengue, o anticorpo matou mais vírus e agiu mais rapidamente, segundo Paul MacAry, autor principal do estudo, que é professor-associado de microbiologia da Universidade Nacional de Cingapura.


Os pesquisadores planejam em breve realizar testes clínicos em Cingapura com o anticorpo em pessoas contaminadas com a dengue tipo 1. Enquanto isso, a equipe está vasculhando sua biblioteca e espera encontrar anticorpos igualmente poderosos, especialmente contra os subtipos 2, 3 e 4.


MacAry disse que sua equipe já achou o anticorpo contra o subtipo 2, mas que ele ainda está em fase preliminar de testes.


Segundo ele, "90% de toda a dengue em Cingapura é do tipo 1 ou 2. Isso significa que, dentro de seis meses a um ano, teremos dois anticorpos que nos permitirão tratar a maioria dos pacientes no país".

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Como os metais pesados podem prejudicar sua saúde


Poluição, produtos químicos, cosméticos, aditivos alimentares, herbicidas são fontes de metais pesados como o alumínio, cádmio, chumbo e mercúrio. De acordo com a nutróloga e especialista em prática ortomolecular Sylvana Braga, a intoxicação por esses metais se desenvolve de forma lenta, resultando em doenças com sintomas físicos e mentais. No livro Dieta Ortomolecular, ela aponta onde estão os metais tóxicos e quais são seus riscos:

Alumínio

Onde encontrar: água potável, queijo, sal, latas de conservas, embalagens e panelas de alumínio, filtro de cigarros, utensílios de cozinha (facas, garfos e colheres), perfumes, desodorantes, cremes e pastas de dente.

Partes afetadas: estômago, ossos e cérebro.

Efeitos: dor de cabeça, prisão de ventre, falta de energia, cólicas abdominais, fraqueza geral, pele e boca seca, confusão mental e irritabilidade.

Cádmio

Onde encontrar: peixes, farinhas refinadas, chás, café, cigarro e baterias elétricas.

Partes afetadas: córtex renal, sistema nervoso, vasos sanguíneos, rins e coração.

Efeitos: aumenta o risco de câncer e depressão, hipertensão, hipotensão, danos nos rins, perda de apetite e de olfato.

Chumbo

Onde encontrar: leite, vinho, uísque, gasolina, cigarro, bateria, tintas de parede e brinquedo, cosméticos (tinta de cabelo) e alimentos: fígado e vegetais (cultivados em áreas industriais).

Partes afetadas: ossos, fígado, rins, pâncreas, coração, cérebro e sistema nervoso.

Efeitos: fraqueza, apatia, perda de memória, prisão de ventre, queda de cabelo, zumbidos, depressão, hipertensão arterial, inflamação nos rins e tendência a aborto espontâneo.

Mercúrio

Onde encontrar: água, alimentos (peixes e frutos do mar), açúcar, tomate, fungicidas, pesticidas, filtros de ar-condicionado e creme clareador da pele.

Partes afetadas: membranas celulares, sistema nervoso e centros de dor e apetite.

Efeitos: conjuntivite, diarreia, depressão, memória fraca, hepatite, convulsões e perda de apetite e peso.

Em algumas ocasiões, esses metais pesados deslocam os minerais essenciais. O chumbo, por exemplo, desloca o cálcio, ferro, cobre e zinco, fazendo com que eles fiquem em déficit no organismo. Já o cádmio, desloca o zinco e afeta a absorção de cobre.

Em alguns casos é possível estar contaminado por mais de um metal tóxico e os sintomas podem se sobrepor ou se intensificar. Para reequilibrar o organismo e eliminar os metais pesados, Sylvana recomenda a dieta ortomolecular elaborada por um especialista que vai identificar as necessidades do paciente.

Dieta ortomolecular: a queridinha das celebridades

Letícia Spiller, Giovanna Antonelli e Priscila Fantin são algumas das celebridades que resolveram apostar na dieta ortomolecular para perder peso e ganhar disposição. O princípio desse tipo de dieta é identificar desequilíbrios nutricionais e, a partir da análise de hábitos do paciente, introduzir alimentos integrais, orgânicos e frescos, suplementos nutricionais (na forma de cápsulas, comprimido, pó, injeção), uso de panelas de vidro ou antiaderentes.

Esta notícia foi publicada em 20/06/2012 no sítio Diário Catarinense. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.

Nobel de Química de 2010 defende transformar CO2 em energia

         Para cientista, seria uma possível solução para reduzir o aquecimento global, através de um processo de 'reciclagem' do dióxido de carbono

        O prêmio Nobel de Química em 2010, o japonês Ei-ichi Negishi, falou nesta quarta-feira, 25, sobre uma possível solução para reduzir o aquecimento global, através de um processo de catálise do dióxido de carbono (CO2) para "reciclá-lo", diminuir seu nível de oxidação e transformá-lo em combustível.

         Em entrevista coletiva dentro do programa de divulgação científica da Universidade de Santiago de Compostela (USC, noroeste da Espanha), Negishi ressaltou que esta possibilidade constitui "uma das maiores tarefas" da ciência.


        "A natureza, ou Deus, esteve fazendo isso sempre com o CO2 e a água pelo processo natural da fotossíntese, transformando gases em hidrocarbonetos mediante um processo biológico", disse o pesquisador.


        Ele destacou que com o ritmo de crescimento da população mundial, em 200 anos seria necessário outro planeta para poder alimentar a todos com os métodos tradicionais da agricultura.


        Ao ser perguntado sobre as previsões de que o ritmo atual de aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera pode levar o planeta a uma mudança climática de consequências imprevisíveis, Negishi ressaltou que "o CO2, utilizado com água, poderia ser transformado em combustível".


        Segundo o cientista, precisamos estar preparados para um aumento da população mundial nos próximos anos, tanto mediante um aumento da produção de alimentos de maneira tradicional, que absorvem os gases da atmosfera, como recorrendo a procedimentos "sintéticos" para evitar o fenômeno do aquecimento global.


        Negishi, agraciado com o prêmio Nobel por desenvolver reações com catalisadores de paládio para criar compostos químicos, ressaltou que o CO2 poderia se transformar em uma fonte de energia se puder ser reciclado.


        O dióxido de carbono tem tal nível de oxidação que, em si, não pode servir de combustível, mas uma vez rebaixado a monóxido de carbono, metanol ou metano, poderia servir para tal propósito, explica o cientista.


         Ele também afirma que apesar dos processos de catálise serem muito caros, por causa dos materiais utilizados - como o ouro, platina, irídio, paládio ou prata - que têm um elevado valor de mercado, a biossíntese poderia abrir novas perspectivas.

Experimento da Lâmpada de lava


Lâmpada de lava

Objetivo: mostrar que a temperatura pode influenciar na mudança da densidade de uma substancia

Materiais Necessários

Álcool etílico (álcool comum)
Água
Óleo Vegetal (de Soja, Milho, etc.)
Garrafa de Vidro Incolor (500 a 600 mL)
Lata de Refrigerante de Alumínio (de Preferência Latão)
Lâmpada de 60 W com soquete e fiação para ligar na tomada

Procedimentos

Prepare a “lava” colocando o óleo vegetal na garrafa até cerca de um quinto de sua altura. Adicione o álcool etílico sobre o óleo vegetal. Vá adicionando água ao álcool etílico aos poucos, misturando bem estes dois líquidos. Quando você notar que o óleo está prestes a subir, pare de adicionar água. Você pode perceber que o ponto foi alcançado olhando a curvatura da interface entre o álcool e o óleo. Quando houver uma grande curvatura na interface (voltada para baixo) você alcançou o ponto ideal. Se o óleo flutuar, é porque você passou do ponto. Coloque mais álcool aos poucos para que o óleo volte para o fundo.
Coloque a lâmpada de 60 W no soquete e ligue todos os fios. (Tome o cuidado de usar uma fita isolante nas conexões. Para evitar choques, só ligue o fio na tomada após todas as conexões estarem feitas e isoladas. Não use uma lâmpada com uma potência maior, pois um aquecimento muito intenso pode quebrar a garrafa de vidro). Prepare um suporte para a garrafa usando a lata de refrigerante. Para isto, corte o topo e o fundo da lata e coloque-a sobre a lâmpada. Ajuste a garrafa e a lâmpada de forma que o fundo da garrafa fique Próxima ao topo da lâmpada, sem encostar nesta. Ligue a lâmpada e aguarde até que o fundo da garrafa se aqueça.

O que ocorre com o líquido dentro da garrafa

As lâmpadas de lava são objetos que fazem parte da cultura pop dos anos de 1970 e são associadas aos hippies e ao psicodelismo da época. Embora os componentes da lâmpada de lava comercial sejam patenteados, podemos obter um efeito muito semelhante com materiais bem simples, como descrito neste experimento.
Embora seja menos denso que a água (densidade = 1,0 g/cm³), o óleo vegetal (por exemplo, o óleo de soja, densidade =0,91 g/cm³) é mais denso que o álcool etílico puro (densidade = 0,79 g/cm³).
Ao misturarmos o álcool com a água, podemos ajustar a densidade desta mistura para que ela fique muito próxima da do óleo de soja.
Ao aquecermos a parte inferior da garrafa, fazemos com que o óleo vegetal fique menos denso que a mistura água-álcool e, deste modo, ele sobe formando grandes esferas de óleo. Ao chegar na parte superior da garrafa o óleo esfria, tornando –se novamente mais denso que a mistura e desce ao fundo da garrafa. O ciclo se repete por um longo tempo. Isto nos mostra que a densidade de um líquido depende de sua temperatura.

Experimento da Camada de Líquidos

Camadas de Líquidos

Materiais 

1 frasco cilíndrico alto, transparente e com tampa
Xarope de milho ou mel 
Óleo vegetal 
Álcool contendo algumas gotas de corante alimentício 
Água com corante alimentício de outra cor 

Objetos pequenos de materiais diversos: Bolinha de gude, bolinha de metal, pedaço de vela, bolinha de naftalina, rolha de cortiça etc.

Procedimentos

Coloque no frasco o xarope de milho ou mel. Adicione, cuidadosamente, uma quantidade semelhante de água contendo algumas gotas de corante, escorrendo-a pelas paredes do frasco. Adicione a mesma quantidade de óleo vegetal por cima da água com corante e, cuidadosamente, adicione o álcool contendo algumas gotas de corante por cima do óleo. Coloque pequenos objetos, como bolas de gude, pedaços de plástico, rolhas de cortiça, velas, etc. no cilindro e observe. Em que camada cada objeto flutuou? 

Para Pensar

Por que os objetos param em camadas diferentes? Os líquidos irão eventualmente se misturar? Poderíamos ter usado uma outra ordem para a adição dos líquidos? Tente!

Conclusão 

Duas propriedades das substancias estão envolvidas aqui: a solubilidade e a densidade. Líquidos que não se misturam entre si são chamados de imiscíveis. Neste caso apenas o óleo vegetal é imiscível com a água, e assim a ordem da adição dos líquidos é importante para que estes não se misturem. Eventualmente, o xarope irá se dissolver na água, porém o processo é muito lento. Já o álcool não se mistura com a água, pois a camada de óleo separa os dois líquidos. O que aconteceria se o cilindro fosse invertido? Álcool e água se misturam, formando uma única fase. Os líquidos foram colocados na ordem decrescente de suas densidades, com o xarope de milho ou mel tendo a maior e o álcool a menor densidade de todos os líquidos. Os objetos sólidos irão flutuar apenas em um líquido que apresente uma densidade maior que a sua.